O partido de Dilma Rousseff está preocupado com a eleição de quem
não apoia o aborto, o casamento gay e descriminalização das drogas
O PT também lamentou a diminuição do número de deputados que defendem causas sociais como os direitos LGBT, feministas e outras, além da diminuição do número de sindicalistas eleitos.
O deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG), que é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) afirmou, de forma discriminatória, que a escolha dos eleitores brasileiros reflete o “apodrecimento” do sistema político nacional.
por
Leiliane Roberta Lopes

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou um texto
lamentando a eleição de deputados evangélicos, militares e ruralistas
dizendo que eles se identificam com causas “reacionárias”.
O texto também fala sobre as manifestações populares de junho e julho
do ano passado. Para o partido da candidata à reeleição as
manifestações populares que pediam mudanças na política foi minimizada
diante das urnas.
“O crescimento do número de parlamentares identificados com causas
reacionárias, aponta o estudo, é reflexo do clima geral de
desqualificação da política”, diz a nota se referindo à pesquisa do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) que destacou o aumento de parlamentares conservadores.
O PT também lamentou a diminuição do número de deputados que defendem causas sociais como os direitos LGBT, feministas e outras, além da diminuição do número de sindicalistas eleitos.
O diretor do Diap, Antônio Augusto Queiroz, comentou que o aumento da bancada evangélica
e dos deputados conservadores poderá dificultar o debate sobre a união
homoafetiva, a legalização do aborto e a descriminalização da maconha,
assuntos que contam com o apoio do PT.
O deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG), que é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) afirmou, de forma discriminatória, que a escolha dos eleitores brasileiros reflete o “apodrecimento” do sistema político nacional.
“O Brasil vai ter que pensar muito sobre isso, pois houve uma
diminuição do embate de ideias, de programas. Milhões de pessoas se
abstiveram de votar, isso está atrelado à despolitização”, disse ele que
considerou a eleição como “retrocesso”.
PT comenta eleição de Feliciano e Bolsonaro
Os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP) foram
os parlamentares conservadores com mais votos em seus estados. Bolsonaro
é militar, Feliciano é pastor evangélico e se tornaram os grandes
inimigos dos progressistas, por serem contra propostas da causa gay,
como o PL 122/2006.
O PT afirmou em seu site que o deputado do PR ” é defensor da
ditadura, da tortura, da pena de morte, da redução da maioridade penal e
contrário ao casamento homoafetivo” e fez o mesmo com Marco Feliciano
afirmando aos seus leitores que o religioso é “é contra a união entre
pessoas do mesmo sexo e chegou a ser denunciado por declarações racistas
feitas pelo Twitter”.