Estudo encontra primeira prova científica de que existe vida após a morte
"Após serem considerados clinicamente mortos, a atividade cerebral de pacientes continuou por até três minutos"
por
Jarbas Aragão
Cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra,
encontraram evidências de que a consciência pode continuar por pelo
menos alguns minutos após a morte clínica, algo que até recentemente era
considerado impossível.
Considerado o maior estudo médico sobre experiências de quase morte e
experiências fora do corpo, a pesquisa demorou quatro anos. Foram
analisados casos de 2.060 pessoas, que sofreram paradas cardíacas em 15
hospitais nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Áustria.
A comprovação de alguma consciência, depois que o cérebro se desligar
completamente foi possível em cerca de 40% dos pacientes. Após serem
considerados clinicamente mortos, a atividade cerebral continuou por até
três minutos após o coração parar completamente. Esse sempre foi um
assunto polêmico e até recentemente tratado com ceticismo generalizado.
Dentre os 330 que sobreviveram, 140 deram entrevistas e 55 deles
(39%) contaram ter alguma percepção ou lembrança do tempo em que
estiveram “mortos”. Apenas dois possuem lembranças precisas sobre essa
experiência de quase morte.
Alguns pacientes lembram ter visto uma luz brilhante ou uma espécie
de sol brilhando. Embora muitos não lembrem de detalhes específicos,
alguns temas surgiram. Um em cada cinco disse ter sentido uma sensação
incomum de tranquilidade, enquanto um terço disse que o tempo tinha
abrandado ou acelerado.
Outros relatam sentimentos de medo, afogamento ou de serem arrastado
por correntezas. Cerca de 13% disseram sentir-se separados de seus
corpos e um número similar afirmou que ter os sentidos aguçados. Por sua
vez, 8% afirmam ter sentido algum tipo de presença mística ou voz
identificável, e outros 3% viram “espíritos”.
O caso mais intrigante é de um homem de 57 anos, que afirma ter
deixado seu corpo totalmente e assistido sua reanimação do canto da
sala. Ele relata em detalhes as ações da equipe de enfermagem e
descreveu o som das máquinas.
“Sabemos que o cérebro não pode funcionar quando o coração para de
bater”, disse o Dr. Sam Parnia, pesquisador que liderou o estudo. “Mas
neste caso, a percepção consciente parece ter continuado por até três
minutos após o coração não mais bater. Normalmente, o cérebro desliga
entre 20 e 30 segundos após o coração parar”.
“O homem descreveu tudo o que aconteceu na sala, mas importante, ele
ouviu dois bips de uma máquina que faz um barulho em três intervalos de
um minuto. Assim, podemos medir quanto tempo a experiência durou”,
relata Parnia.
Até agora não havia evidência científica, embora estima-se que
milhões de pessoas tiveram experiências claras de consciência diante da
morte, mas nunca haviam sido comprovadas por cientistas. Agora isso
mudou.
O doutor David Wilde, psicólogo e pesquisador da Universidade
Nottingham Trent, atualmente está compilando dados sobre as experiências
fora do corpo, procurando descobrir um padrão que ligue cada episódio.
Ele espera que sua pesquisa incentive novos estudos sobre o tema.
Suas conclusões foram publicadas na revista científica Resuscitation. Com informações Telegraph
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